A ministra da Saúde diz que nos últimos três anos as cirurgias de ambulatório têm aumentado em Portugal. “Estamos num bom caminho, mas ainda há muito por fazer”, disse Ana Jorge durante o V Congresso Nacional de Cirurgia de Ambulatório, que se realizou esta quarta-feira, no Porto.

O congresso, organizado pela Associação Portuguesa de Cirurgia de Ambulatório (APCA), contou com a presença de médicos, especialistas, cirurgiões de vários hospitais do país e encerrou com a ministra da Saúde.

A cirurgia de ambulatório é uma cirurgia em que o doente fica na unidade hospitalar apenas no dia em que é operado, regressando a casa passado algumas horas da intervenção, depois de recuperar da anestesia.

A ministra da Saúde referiu que a cirurgia ambulatória tem sido uma área em que “os países desenvolvidos se têm dedicado nos últimos anos” e que comporta vantagens “económicas e clínicas”. Algumas das vantagens apresentadas no congresso são o facto desta prática evitar as infecções hospitalares, a dor do pós-operatório ser menor do que numa cirurgia tradicional, a recuperação em ambiente familiar ser mais rápida do que em caso de internamento e permitir a racionalização das despesas na saúde.

A aposta numa formação especializada nesta área foi referida por vários dos médicos e formadores presentes. A este respeito, Ana Jorge disse que os “profissionais de cirurgia têm de fazer, dentro da sua formação, um complemento para poderem ter as técnicas da cirurgia de ambulatório”, reiterou.

Confrontada com o facto de existirem poucos médicos em Portugal e de os hospitais não aceitarem médicos internos, a ministra realça que “está garantida a presença dos internos nos hospitais portugueses”, mas que “estes podem é não ficar, exactamente, no local onde gostariam e ter que fazer a sua formação nos hospitais disponíveis”.