O primeiro-ministro, José Sócrates, foi condenado, no passado dia 15 de Maio, pelo Tribunal da Relação de Lisboa, ao pagamento de dez mil euros ao jornalista José António Cerejo do “Público”, por danos não patrimoniais.

O processo começou quando José Sócrates, no dia 1 de Março de 2001, ainda ministro do Ambiente, escreveu uma carta, (em PDF), para o jornal, a acusar o jornalista de “delírio, fantasia e falsidades” e de ser um jornalista que se “recusa persistentemente a ver as evidências e nega o indesmentível”, “servindo em todo o caso propósitos estranhos à actividade jornalística”.

A reacção de José Sócrates deveu-se a um conjunto de notícias, assinadas pelo jornalista do “Público”, que se referiam a um subsídio, atribuído pelo actual primeiro-ministro, de um milhão de euros, à associação de defesa do consumidor DECO (em PDF).

Na altura, José António Cerejo afirmou que a carta escrita pelo então ministro do Ambiente era “um caso de baixeza e infâmia pessoal”. “Para a pequena história da baixeza política e da pesporrência pessoal ficará sem dúvida o arrasoado de insultos a que José Sócrates aqui recorre contra quem se limitou a mostrar aquilo que ele tudo fez para manter em segredo”, disse José António Cerejo.