Depois de ter estado em causa a sua realização, a Feira do Livro de Lisboa vai decorrer entre sábado e 10 de Junho, no Parque Eduardo VII. Garantir o maior número de editores e autores de sempre é uma das principais metas da organização.

Após assinado o acordo entre a Associação Portuguesa de Editores e Livreiros (APEL) e a União de Editores Portugueses (UEP), assegurando assim a realização da 78ª edição da feira, a APEL veio, esta terça-feira, justificar o atraso do evento, bem como a inclusão de pavilhões diferenciados.

Na base do desentendimento estavam em causa as exigências do grupo LeYa, que reúne grande número de editoras pertencentes à UEP, e que pretendia pavilhões diferenciados na feira. Depois de várias discussões e de se ter chegado a colocar a hipótese de não se realizar Feira do Livro este ano, a APEL acabou por assinar o acordo que permite a inclusão dos pavilhões diferenciados, pretendidos pela LeYa.

Em comunicado emitido esta terça-feira, a APEL explica que aceitou a existência de stands diferenciados, uma vez que ficou definida a garantia de “igualdade de oportunidades aos editores e livreiros de diferente dimensão e capacidade financeira, com particular atenção às necessidades dos pequenos editores”.

“Chegou-se a um ponto de equilíbrio”

Em declarações ao JPN, o presidente da APEL, António Baptista Lopes, considerou que se chegou a um “ponto de equilíbrio” e admitiu que houve uma necessidade de ajustamento, face ao rumo que a questão estava a tomar, por haver a hipótese da feira não se realizar.

Desta forma, a associação acabou por subscrever o acordo, ainda que “mantendo-se sempre fiel aos seus princípios e valores”, ressalvou António Baptista Lopes. A APEL acredita que este acordo não irá prejudicar os interesses dos editores, independentemente da sua dimensão.