O realizador António Pedro Vasconcelos e o crítico de cinema Mário Augusto deram ao JPN a sua opinião sobre o mais recente filme de George Lucas e Steven Spielberg, “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal”.

António Pedro Vasconcelos explica que o Indiana Jones “é uma série tão popular que se percebe que a parelha Spielberg/Lucas tenha tentado fazer uma última aventura enquanto o Harrison Ford é credível como herói”.

O realizador de “Call Girl” referiu ainda que considera que “o Indiana Jones juntamente com a Guerra das Estrelas marcou uma era no cinema americano”. António Pedro Vasconcelos afirma que “o primeiro Indiana Jones foi o filme que marcou a viragem”. “Depois daqueles filmes sobre o Vietname, o Indiana Jones pôs um ponto final nessa época. O Spielberg tem a percepção de que o público reclama aventura e acção e também filmes que não obriguem o publico a pensar muito”, afirmou.

“Spielberg e Lucas fizeram uma síntese perfeita do velho herói de cinema”

Ao JPN, Mário Augusto afirmou que “o Indiana Jones é mais especial para uma geração mais velha”. “A malta entre os 35 e os 45 anos vê o Indiana Jones de um modo completamente diferente. O Indiana Jones tem uma componente de nostalgia para um grupo de cinéfilos que cresceu com as suas primeiras aventuras e como tal, ao verem o regresso da personagem remete-os para a juventude e para a época em que viram o primeiro filme”, afirma o crítico.

Para Mário Augusto, aquilo que torna a personagem tão especial é o facto de “Spielberg e Lucas terem conseguido fazer uma síntese perfeita do velho herói de cinema com os ingredientes bem misturados da regra do cinema de acção”.