Foi apresentado esta terça-feira o Observatório da Cidade Educadora (OCE), uma iniciativa do Centro de Investigação e Intervenção Educativas (CIIE) da Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade do Porto (FPCEUP), que parte de um “conceito utópico” – o de uma cidade que contribua através da educação para uma sociedade democrática participativa – e que visa analisar e acompanhar o sistema educativo na cidade do Porto.

Não se cingindo apenas às escolas, porque a chamada “educação formal” é apenas uma das partes do processo educativo, o projecto do OCE divide-se em quarto eixos da investigação.

De um lado estão a educação formal e as políticas educativas, enquanto do outro se encontram os diversos ramos da “educação informal”, como o associativismo ligado à cultura e formação permanente, a cidadania ou o a influência do espaço público.

“O conceito da cidade educadora é a atribuição à cidade de um conjunto de preocupações, fundamentalmente com a potenciação do exercício da cidadania e com o dia-a-dia da sua população”, explicou ao JPN Henrique Vaz, um dos membros do OCE.

Segundo Henrique Vaz, a escolha do Porto para a implementação pioneira do projecto – que no futuro pode vir a ser alargado – deve-se à intenção de tornar uma cidade “desertificada” e envelhecida “numa cidade apelativa e com uma população mais residente.”

A sessão foi presidida por Manuel Matos, coordenador do Observatório, e contou com a presença da directora da FPCEUP, Orlanda Cruz, do vereador da Câmara Municipal do Porto para a Educação, Vladimiro Feliz, do coordenador do CIIE, José Alberto Correia, e de António Leite, da Direcção-Geral de Educação do Norte.