O professor Romero Bandeira do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) apresentou, esta terça-feira, o livro “Medicina de catástrofe – Da exemplificação histórica à iatroética”.

O docente divide a obra em três capítulos: as situações de catástrofes, a respectiva influência na sociedade e a gestão das mesmas. O terramoto de Lisboa de 1755, a Primeira Guerra Mundial e os incêndios em Portugal foram as situações de catástrofe analisadas pelo autor.

“A história é um verdadeiro laboratório da medicina de catástrofe. Ninguém vai ensaiar uma catástrofe ao vivo. Portanto temos que estudar o que se passou para podermos analisar, tirar daí ilações e adequar ao presente”, justifica o docente do ICBAS.

O autor da mais recente publicação da editora da Universidade do Porto afirma que” tem havido uma evolução qualitativa e quantitativa muitíssimo marcada da medicina de catástrofe”. Romero Bandeira lembra que “os países da Europa Ocidental têm programas a nível da medicina de catástrofe”. Apesar de existir projectos prévios “é necessário fazer uma adequação depois das coisas acontecerem, é necessário ajustar os planos às diferentes realidades”, adverte o professor do ICBAS.

Categorias de catástrofes

São várias as categorias de catástrofes. Entre elas, o acidente catastrófico de efeitos limitados, como, por exemplo, a queda de um avião, o desastre com um autocarro ou um acidente ferroviário. Há também as catástrofes “major” tendo como exemplos o terramoto de Lisboa de 1755 em que mais de dez mil pessoas morreram e o mais recente sismo que decorreu na província de Sichuan, na China, a 12 de Maio.

Romero Bandeira sublinha que “em situações de calamidade, na medicina de catástrofes há sempre falhas, mas isso haverá sempre” e recorda o caso do mais recente sismo na China.