Abrir a Europa à investigação, através de uma parceria entre estados-membros, é o objectivo da proposta da Comissão Europeia (CE). Numa proposta apresentada esta terça-feira, a CE adianta que espera resultados até ao ano de 2010, isto se for assumido um compromisso de “progressos rápidos e mesuráveis”. Fazer um constante recrutamento de todos os investigadores europeus interessados nas vagas em instituições de investigação, a par da garantia de boas condições de trabalho, são os primeiros passos deste projecto.

Este plano de mobilidade exige, da parte dos investigadores, um elevado grau de competência, de modo a “transformar os conhecimentos em resultados”, apostando também num estreitamento das ligações entre as universidades e as indústrias.

Segundo a CE, um mercado único de trabalho para os investigadores deveria ser uma das grandes apostas e maior prioridade da União Europeia, de modo a aproveitar da melhor forma os profissionais, conferindo-lhes, simultaneamente, mais e melhores oportunidades.

Segundo o comissário europeu para a ciência e investigação, Janez Pocnik, citado em comunicado, é preciso utilizar e explorar todo o potencial “dos nossos excelentes investigadores se queremos concretizar as ambições mais vastas da Agenda de Lisboa para a Europa e tornar o Espaço Europeu da Investigação numa realidade”.

Um dos objectivos da parceria entre os estados-membros é harmonizar e concentrar esforços, apostando no sector da investigação, uma vez que existe “um número muito grande de investigadores que têm de esperar demasiado tempo para adquirir o estatuto de investigador independente, devido a uma legislação e práticas nacionais antiquadas”, esclarece Pocnik.

Este projecto, apresentado pela Comissão Europeia, é uma das cinco iniciativas anunciadas pelo executivo comunitário, na sequência do Livro Verde de 2007 “Espaço Europeu da Investigação: Novas Perspectivas”, em que são defendidas as vantagens de um mercado de investigação europeu comum a todos os membros da UE.