O rei da Noruega, Harald V, elogiou, esta quinta-feira, a colaboração entre o Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP) e o Radium Hospital de Oslo na investigação do cancro. Os monarcas noruegueses estão de visita a Portugal desde terça-feira e visitaram o Porto durante todo o dia.

A visita do rei norueguês ao IPATIMUP foi integrada no seminário “Inovação em Saúde na Noruega e em Portugal”, que decorreu durante toda a manhã de quinta-feira. A cooperação entre Portugal e a Noruega na investigação do cancro “é anterior à fundação do IPATIMUP”, explicou Mário Seixas, da direcção do instituto, e iniciou-se com a ida de Manuel Sobrinho Simões, em 1979, para a Noruega.

A colaboração resultou na possibilidade de vários docentes da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto e do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar fazerem estudos doutorais e pós-doutorais no Radium Hospital, uma instituição “líder mundial na área do cancro”, segundo o docente. “Temos também projectos internacionais conjuntos”, afirma Mário Seixas, como o estudo em curso com parceria entre os dois países e a China, sobre a génese de tumores gástricos e do esófago.

Rei da Noruega apela à “preservação do antigo”

Os monarcas foram também recebidos na Câmara Municipal do Porto, pelo presidente da câmara, Rui Rio, que sublinhou a importância da visita dos reis para “o relacionamento duradouro existente entre a Noruega e Portugal”. O autarca destacou projectos locais na área das energias renováveis e do e-Government e referiu ainda a recente criação o Instituto de Inovação e Investigação em Saúde (I3S).

Harald V agradeceu a hospitalidade e apelou à continuação do desenvolvimento industrial no Porto, em simultâneo com “a preservação do antigo”. “Não admira que o centro histórico [do Porto] seja património da UNESCO e que toda a cidade tenha sido capital europeia da cultura”, louvou o rei da Noruega.