As bombas de fragmentação são armas largadas do ar que que quando caem soltam dezenas, ou mesmo centenas, de sub-bombas numa área extensa equivalente a vários campos de futebol.

As sub-bombas explodem ao entrar em contacto com qualquer alvo. Das questões mais polémicas no que toca a este tipo de arma é o que acontece quando as sub-bombas falham a detonação no impacto e se tornam numa espécie de minas anti-pessoais que afectam civis mesmo depois de terminados os conflitos, durante meses ou anos, como o que se tem passado no Sul do Líbano na sequência da guerra entre o Hezbollah e Israel. Por outro lado, muitas vezes, devido à sua capacidade de dispersão e fragmentação, espalham-se por áreas populosas.

Um terço dos afectados por bombas de fragmentação são crianças. Os explosivos impedem as populações de usar terrenos, de ter acesso a hospitais e escolas e podem permanecer uma ameaça durante décadas, sendo mais letais do que as minas.

As bombas de fragmentação foram utilizadas em muitos conflitos no mundo inteiro, depois da Segunda Guerra Mundial. Desde a guerra do Vietname, Líbano, Guerra do Golfo, Bósnia-Herzegovina, Afeganistão ao Iraque, entre outros.

De acordo com a Cluster Munition Coalition (CMC), rede de cerca de 200 organizações nacionais e internacionais da sociedade civil para a não-proliferação de armas de fragmentação, cerca de 31 países, sobretudo em vias de desenvolvimento, são ou foram afectados pelas bombas de fragmentação.

Segundo a CMC, 14 países usaram este tipo de arma, sendo eles os Estados Unidos, França, Israel, Rússia, Reino Unido, Holanda, Etiópia, Sudão, Nigéria, Eritreia, Arábia Saudita, Jugoslávia, Marrocos e Tajiquistão.

Cerca de 76 países têm milhões de sub-munições armazenadas. De acordo com dados oficiais, 34 estados do mundo produzem ou já produziram mais de 200 tipos de armas de fragmentação.