A Comissão Europeia disponibilizou, quinta-feira, a Portugal um montante de 2,4 milhões de euros destinado a ajudar 1.549 trabalhadores portugueses da indústria automóvel a encontrar emprego. O apoio faz parte do Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização (FEG), que iniciou funções em Janeiro do ano passado.

O que é o Fundo Europeu de Globalização?

Tem como finalidade apoiar trabalhadores de regiões e sectores desfavorecidos. É constituído por um montante anual máximo de 500 milhões de euros, destinado à reintegração no mercado de trabalho de 35 mil a 50 mil trabalhadores.

A candidatura portuguesa ao FEG foi feita no início deste ano e tinha em conta 1.549 despedimentos em três empresas do sector automóvel: a fábrica de componentes eléctricas Alcoa Fujikura, do Seixal, a Opel Portugal, da Azambuja, e a produção de revestimentos para assentos de automóveis Johnson Controls, de Viseu e Portalegre.

Em declarações ao JPN, Navalha Garcia, coordenador do Sindicato da Indústria Metalúrgica e Automóvel, revela que “o Ministério da Economia ainda não emitiu qualquer tipo de informação sobre o fundo”. A estrutura sindical “não sabe como é que os fundos vão ser distribuídos”.

Navalha Garcia adiantou que entrou em contacto com trabalhadores da Opel e que “eles não têm conhecimento de nada”. “Para a Opel vão ser 1.500 euros”, diz, considerando que “o montante é muito pouco”. Garcia adianta que o presidente da Câmara da Azambuja está a ponderar “distribuir o montante aos mais necessitados”.

Malta recebeu, no mesmo dia que Portugal, 681 mil euros do FEG, destinados a 675 trabalhadores, tendo sido estes os dois primeiros pagamentos deste ano. Bruxelas está agora a analisar outros cinco pedidos de apoio, quatro da Itália e um de Espanha.