A Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação (FCNAUP) da Universidade do Porto festejou, este sábado, 32 anos de funcionamento. A comemoração inédita teve por objectivo mostrar os bons resultados obtidos na faculdade, apesar da ausência de instalações adequadas.

No próximo ano académico, a FCNAUP vai mudar para instalações cedidas pela Faculdade de Engenharia (FEUP). As actuais instalações, pré-fabricados, vão ser demolidas. A presidente do Conselho Directivo, Maria Daniel Almeida, afirma faltar apenas um “sim” do Governo para que se inicie a construção do novo edifício.

“O projecto das novas instalações já está pronto há ano e meio, com orçamento de 5 milhões de euros, um valor baixo tendo em conta tratar-se de uma faculdade. O ministro da Ciência e Ensino Superior devia era vir cá para ver as instalações onde trabalhamos”, frisou.

O reitor da Universidade do Porto (UP), Marques dos Santos, presente na cerimónia, afirmou que “a reitoria tudo tem feito para avançar com soluções”. “O problema tem residido na pouca vontade da tutela. Temos tentado encontrar forma de financiamento, o que não é fácil, mesmo sendo investimento justificado”, acrescentou.

FCNAUP revela crescimento positivo

A FCNAUP apresentou dados provisórios relativos à vida profissional dos licenciados em nutrição. A maioria encontra-se empregado (80%), mas em condições pouco firmes (maioria trabalha a recibos verdes). A média de entrada no curso tem subido ligeiramente, tendo atingido o valor de 158,5 nas candidaturas de 2007.

A sessão solene do Dia da Faculdade contou com a presença de elementos dos conselho directivo e pedagógico, alunos, doutorados e mestres, mas também de professores de outras faculdades. Marques dos Santos defendeu que a presença de docentes de outras áreas demonstra que o caminho para a internacionalização é a “coesão de faculdades e universidades, o que é patente neste ambiente familiar”.

“A adaptação da universidade ao novo modelo organizativo jurídico é importante para o crescimento das faculdades, uma vez que vai criar massas críticas que vão unir diferentes áreas. Isto é que nos vai permitir chegar ao nível internacional”, explicou Marques dos Santos.