O sistema de empréstimos de apoio a estudantes do ensino superior já abrangeu mais de 3 mil jovens, nos primeiros seis meses do funcionamento do sistema, que teve início em Novembro do ano passado.
O secretário de Estado do Ensino Superior, Manuel Heitor, que esperava atingir os três mil jovens abrangidos por empréstimos no primeiro ano de funcionamento do sistema, afirmou, à Lusa, que o número já abrangido “superou bastante as expectativas”, acrescentando que “nos primeiros seis meses, houve uma adesão particularmente grande”.
Este sistema de empréstimos visa o financiamento do curso de estudantes do ensino superior, em condições vantajosas, permitindo a intervenção do estado como avalista do negócio, reduzindo os custos do empréstimo.
Segundo informação divulgada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, este sistema de empréstimos de apoio a estudantes foi “implementado de forma inédita, com base num esquema de garantia mútua” e facilita aos estudantes uma taxa de juro mínima.
Spread reduzido para melhores alunos
Nestes empréstimos, o “spread”, que não pode ultrapassar o valor de um por cento, pode ser reduzido para os estudantes com melhor aproveitamento escolar. Para os alunos com classificação média anual igual ou superior a 70% da máxima (14 em 20 valores), o spread será reduzido em 0,35, e em 0,80% para os alunos com classificação média anual igual ou superior a 80% da máxima (16 em 20 valores).
Após a conclusão do curso, o prazo de reembolso do crédito varia entre seis e 10 anos, com um ano em que o ex-aluno está isento.
Segundo Manuel Heitor, o volume de financiamento de apoio aos estudantes do ensino superior poderá ser duplicado pelo Estado em seis anos, se a quantidade dos empréstimos se mantiver a três mil por ano.
Foram concedidos empréstimos a jovens de todos os distritos do país com instituições de ensino superior, sendo as áreas de Gestão, Enfermagem, Direito e Medicina aquelas mais abrangidas pelo sistema.