A candidata democrata à nomeação presidencial Hillary Clinton estava esta terça-feira a preparar-se para abandonar a corrida às eleições gerais de Novembro, segundo elementos da sua campanha citados pela Associated Press. A revelação surge no dia em que decorrem as primárias nos estados de Dakota do Sul e em Montana.
Contudo, o responsável pela campanha de Clinton, Terry McAuliffe, desmentiu, em declarações à Reuters, qualquer movimento da senadora de Nova Iorque no sentido do abandono. “Ninguém tem a senha para ser o nomeado do Partido Democrático neste momento”, afirmou.
Apesar de Clinton ter vencido facilmente as primárias em Porto Rico, no passado domingo, a decisão dos advogados do Partido Democrático de dar aos delegados eleitos pelos estados da Florida e do Michigan metade dos votos, como punição por os dois estados terem votado antes do previsto, defraudou as expectativas da antiga primeira dama.
Com Barack Obama cada vez mais próximo de atingir o número de delegados necessários para alcançar a nomeação do partido às eleições presidenciais, a decisão de Clinton sair da corrida era falada há muito, devido a receios de que a continuação da campanha pudesse prejudicar as possibilidades do Partido Democrático em Novembro.
Na segunda-feira, o marido de Hillary e ex-presidente Bill Clinton disse que aquele “podia ser o último dia” em que estaria envolvido “numa campanha deste género”, apontando para a desistência da antiga primeira dama. “Pensava que estava de fora da política, até a Hillary ter decidido candidatar-se. Mas tem sido uma das maiores honras da minha vida andar em campanha por ela”, disse Bill Clinton, citado pela AFP.
O candidato republicano John McCain já está em campanha para as eleições gerais, procurando aumentar as suas capacidades de angariação de fundos que têm sido, ao longo dos últimos meses, extremamente inferiores às de Obama e de Clinton.
De acordo com os membros da campanha de Hillary Clinton que a AP contactou, a senadora de Nova Iorque não iria retirar-se da campanha completamente, de modo a poder continuar a abordar vários temas de interesse para as eleições e deixar em aberto uma candidatura como vice-presidente.