Os maquinistas da CP iniciaram às 00h00 desta sexta-feira uma greve às horas extraordinárias. Defendem melhores condições de trabalho, como o direito a 45 minutos para a tomada da refeição.
“Queremos 45 minutos para a tomada da refeição, não queremos que o maquinista passe mais de cinco horas consecutivas sem este período de refeição”, afirmou ao JPN Augusto Cruz, da direcção do Sindicato dos Maquinistas.
Augusto Cruz referiu ainda que não são os maquinistas que vão parar os comboios, “a empresa é que os vai parar, porque vai obrigar o maquinista a fazer greve”. “Nós não trabalhamos mais de cinco horas, sem ter os 45 minutos para a tomada da refeição”, realçou.
O Sindicato dos Maquinistas reivindica ainda que a empresa cubra a totalidade dos custos operacionais, que os maquinistas têm quando fazem deslocações para “fora da zona da sede”, bem como a humanização das escalas de trabalho. Segundo Augusto Cruz, a CP “dá” 22 euros para pagar os custos com as refeições, “o que não é suficiente, pois os maquinistas gastam muito mais.”
A greve, segundo a CP, do período das 12h às 16h, foi mais sentida nas ligações regionais e sub-urbanas da zona do Porto. Dos 81 comboios regionais com saída prevista, só saíram 75. No caso dos suburbanos da zona do Porto, dos 59 comboios só saíram 38, enquanto na zona de Lisboa só saíram 116 sub-urbanos do 128 previstos.
Fonte da CP disse ao JPN que a paralisação dos maquinistas não afectou os comboios a nível internacional. A greve dos maquinistas vai-se realizar entre as 00h00 desta sexta-feira e as 24h00 da próxima quinta-feira.