Três auto-estradas encontram-se sob a ameaça de virem a receber portagens. As Scuts (Sem custos para o utilizador) do Norte Litoral, Grande Porto e Costa da Prata são as que poderão vir a ser pagas. As populações locais têm tentado fazer ouvir a sua voz contra o plano de portagens.

A28 Caminha-Porto

A implementação de portagens na A28 transformaria a Nacional 13 na principal alternativa. O traçado sinuoso e quase sempre congestionado do itinerário secundário não constitui uma alternativa no entender das populações locais. Sérgio Ferraz, elemento da comissão de utentes contra as portagens, considera que “não existe alternativa rodoviária viável” e adianta que a “EN13 não é uma estrada que está capacitada para receber transportes pesados e o tráfego diário das pessoas que se dirigem para o Porto”.

José Carlos Barbosa, porta-voz do movimento Alto Minho contra as portagens, não reconhece a N13 como uma alternativa válida à auto-estrada A28. Em entrevista ao JPN, o representante do protesto minhoto relembra que “a A29 foi construída há cerca de 20 anos porque a EN13 não era capaz de dar conta do fluxo de trânsito”.

A41/A42 Maia-Lousada

As auto-estradas A41 e A42 constituem uma das mais importantes infra-estruturas rodoviárias da indústria nacional. A região atravessada pelas vias é a maior zona industrial do Noroeste peninsular. As empresas nacionais e internacionais servidas pela Scut do Grande Porto teriam como alternativa a EN105 e EN207. A travessia de sete quilómetros na A41 pode passar de oito para 33 minutos, caso seja feita através das estradas alternativas.

Fonte do gabinete da Presidência da Câmara da Maia adianta que a via é fundamental para a sobrevivência do tecido empresarial local. A câmara da Maia já se terá queixado publicamente que as empresas estrangeiras localizadas na área ameaçam abandonar a zona, caso a implantação de portagens se concretize.

A29 Estarreja-Vila Nova de Gaia

A A29 parece ser a via onde a mudança será menos problemática. A introdução de portagens na Scut da Costa da Prata não terá grandes repercussões no transporte de passageiros. As populações têm o costume de utilizar as vias alternativas. Quanto às empresas sediadas na costa aveirense, estas continuarão a usar a A29 e o troço seguinte, a A17, devido à rapidez que oferecem. Porém, o tecido empresarial não mostra sinais de preocupação com a alteração da natureza da Scut da Costa da Prata.