O território angolano é catorze vezes maior do que Portugal e é um dos maiores produtores de petróleo e diamantes de África. A ex-colónia portuguesa significa para muitos uma fonte de oportunidades.

Actualmente, vivem em Angola cerca de 200 mil portugueses e são muitas as empresas nacionais que vêem naquele país uma fonte capaz de gerar emprego, crescimento e sucesso. Após 40 anos de conflito surgiu a necessidade de recuperar dos danos e reconstruir um país que é visto por muitos como um império de riqueza.

O mercado das telecomunicações é um negócio aliciante em Angola, onde a tecnologia deixou de ser novidade. Exemplo de sucesso é a Alcatel-Lucent. Criada há 76 anos, a empresa trabalhou desde sempre com os países de língua oficial portuguesa tendo-se implementado no mercado angolano de uma forma muito natural.

“Sendo nós um dos principais fornecedores de telecomunicações do mundo e de Portugal também, naturalmente, continuámos a fornecer o estado angolano e depois mais tarde as empresas que foram surgindo em Angola”, explica José Camões Vieira, director das relações externas da Alcatel-Lucent em Portugal.

Num momento em que a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) prevê um abrandamento económico para 2009 em Angola, o director das relações externas da Alcatel-Lucent desvaloriza a situação. “Prevê-se um abrandamento económico para 2009, mas Angola é o país de maior crescimento do mundo. Assim sendo, a Alcatel-Lucent prevê que as compras de equipamentos de telecomunicações e serviços de telecomunicações por parte de Angola e das suas empresas sejam muito significativas”.

Vinhos portugueses em direcção a Angola

Também o vinho português começa a ser conhecido em terras angolanas, tendo-se verificado um aumento das exportações de vinho verde. Para os angolanos, são enviados vinho de boa qualidade e a granel. “As exportações para Angola têm duas facetas. Uma de vinho engarrafado, que é um vinho óptimo, de boa qualidade e de bom preço. A outra dimensão é a do vinho a granel que é engarrafado lá. Neste vinho a granel, as nossas autoridades e institutos reguladores da qualidade não têm nenhum influência”, explica Vasco Avillez, presidente da ViniPortugal.

O sucesso das exportações deve-se ao crescimento da economia. “Angola está a crescer cerca de dois dígitos ao ano e, com ela, está a crescer todo o turismo, além das reuniões e congressos internacionais que fazem com que a restauração seja muito mais requisitada e com ela também os vinhos”, diz Avillez.

Nos últimos anos, Angola tem recebido vários construtores, banqueiros, editores, fabricantes, distribuidoras de energia, operadores de telecomunicações e empresas portuguesas que procuram no país uma relação de colaboração segura.