Veículos movidos a vento através de velas que podem atingir velocidades superiores a 150 quilómetros por hora, construídos pelos alunos do Instituto Superior de Engenharia do Porto, estiveram desde sexta-feira, junto à praia de Matosinhos no âmbito das comemorações do Dia Europeu do Vento. Em Portugal, várias iniciativas foram organizadas pelo Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial e da Associação Portuguesa das Energias Renováveis.

Foi numa tenda junto à praia que durante quatro dias se realizaram workshops de construção de planadores (organizados pelo Visionarium), uma mostra de veículos movidos a vento, exposições de artes plásticas, fotografia e ateliês de construção de papagaios de papel. Sensibilizar para a importância da energia eólica como uma fonte essencial na luta contra as crises climática e energética foi o principal objectivo desta iniciativa.

José Lobo, do Visionarium, diz que “promover a energia eólica junto das populações e mostrar que não é agressiva em relação ao ambiente e que integra o modelado paisagístico ambiental” foi uma das metas deste evento.

A curiosidade levou muitas pessoas ao stand para verem esta fonte de energia em acção, que “tem também aplicações de lazer”, salientou o responsável, que faz um balanço “muito positivo” dos quatro dias da iniciativa.

Boas perspectivas para Portugal

Em 2007 Portugal tinha cerca de dois mil megawatts de potência instalada de energia eólica. Segundo o relatório do Global Wind Energy Council (GWEC), o país encontrava-se em nono lugar no ranking dos países com maior produção instalada de energia eólica.

Para 2020 espera-se que Portugal suba para segundo lugar, ultrapassado apenas pela Alemanha. Em 2020 prevê-se que 60% da energia consumida em Portugal provenha das energias hídrica, eólica e fotovoltaica. “Portugal está apostar com grande força nas energias renováveis e em 2020 estaremos na parte de cima da Europa”, acredita José Lobo.