Menos alunos inscritos

Para o exame de Português, a prova com mais alunos, estavam inscritos 71.135 dos 326.245 alunos que vão fazer exames, segundo dados do Ministério da Educação. Os próximos exames são os de Biologia e Geologia, quarta-feira, com 58.040 alunos inscritos, e Física e Química, sexta-feira, com 54.910. Comparando com 2007, menos 7.201 alunos do ensino básico vão prestar provas, enquanto no secundário a quebra é de quase 12 mil.

Os exames nacionais do ensino básico e secundário começaram esta terça-feira em todo o país com a prova de Português para os alunos do 12º ano.

Na Escola Secundária Infante D. Henrique, no Porto, a maioria dos alunos considerou a prova algo difícil. Segundo a professora de Português do 12º ano Manuela Pinheiro, estavam inscritos para este exame cerca de 16 alunos, que à saída comentavam com os colegas o seu desempenho na prova.

Liliana Castro, que veio fazer o exame para tentar entrar na faculdade, disse ao JPN que o exame lhe “correu muito mal”. “Saíram ‘Os Lusíadas’ e não estava nada à espera. Estudei bastante nas duas últimas semanas, revi a matéria toda, agora é esperar pelo resultado”, afirmou. As notas da primeira fase de exames do ensino secundário (até 23 de Junho) serão afixadas a 7 de Julho.

Os alunos com quem o JPN falou mostraram-se surpresos pelas questões sobre “Os Lusíadas”, embora Manuela Pinheiro, professora de português, lembrasse que a obra de Luís de Camões “faz parte do programa, os alunos deram-na nas aulas, por isso podia sair”.

Prova “imprevisível”

A professora considerou, na generalidade, o exame razoável, apenas com “uma ou outra questão mais complicada, como a parte da escolha múltipla”, mas realçou que “a prova de Português é sempre um bocadinho imprevisível” e que “os alunos já contam com isso”.

No estabelecimento de ensino do Porto também houve casos de quem tivesse achado o exame fácil. “Não estudei muito, mas para o que estudei achei fácil. Se calhar, o pessoal estudou um bocado mais Fernando Pessoa do que ‘Os Lusíadas’, talvez por isso tenham achado difícil”, comentou Luís Martins, aluno externo na escola que está a seguir a carreira militar.

Tiago Passos referiu isso mesmo quando confessou que tinha achado difícil o exame. “Era um bocado complicado, mas em parte também foi por não ter estudado”, disse. A ida para a faculdade motivou todos estes alunos a fazerem o exame nacional de Português, mas muitos preferem estudar mais para as disciplinas específicas que precisam para entrar no ensino superior.