Divulgar o Health Cluster Portugal (HCP) e constituir uma rede internacional que coloque este pólo de competitividade e tecnologia na rota do mercado global é o principal objectivo do cluster até 2010.

Menos de três meses depois da constituição do HCP, realizou-se, esta quinta-feira, no Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP), a primeira reunião da assembleia geral.

Além da preparação da candidatura ao QREN, o plano de actividades até 2010 pretende dar especial atenção ao campo da comunicação, no sentido de prestar uma boa divulgação, sobretudo internacional, dos seus serviços, actividades e artigos científicos publicados. É ainda importante constituir uma boa rede de contactos internacionais com outros clusters e instituições

Premissa essencial é a de ver aumentado o número de associados do cluster, que conta já com 71 associados públicos e privados, entre os quais se encontram as universidades do Porto, Minho, Coimbra e a Católica, o Instituto de Biologia Molecular e Celular, bem como vários hospitais e empresas, sobretudo do ramo farmacêutico.

Per Belfrage, presidente da Medicon Valley, um cluster de saúde tido como exemplo situado na Escandinávia, e membro da direcção do HCP, admitiu que “Portugal está ainda um pouco atrasado” em comparação com outros países e que esta pode ser a “oportunidade, não para mudar um bocadinho, mas para efectuar mudanças reais”, afirmou aos jornalistas.

O director do IPATIMUP, Sobrinho Simões, realçou a necessidade de apostar no empreendedorismo.“Devem ser as empresas a puxar por nós”, disse.

Para o presidente do HCP, Luís Portela, perspectiva-se um crescimento na medida em que “as grandes empresas e multinacionais vêem aqui potencial, daí esta adesão. Na área das ciências da saúde, nós representamos Portugal”.

Trabalhar em rede

Constituído há menos de dois meses na região Norte, o HCP é o primeiro pólo de competitividade e tecnologia português. É um projecto pioneiro no país e tem como objectivo fomentar a transferência de tecnologia entre quem investiga nesta área e quem produz, bem como desenvolver a investigação, concepção, fabrico e comercialização de produtos e serviços associados à área de saúde a uma escala global.

Na prática, o desejo é o de unir vários serviços em rede de modo a competir na realidade internacional. O HCP conta já com cerca de 2 mil doutorados, dos quais 121 já estão a colaborar com empresas e 71 instituições associadas, que representam 9 mil camas e 8 mil médicos.