O vereador da Cultura da Câmara de Gaia reconheceu esta terça-feira que falta ao concelho uma sala de espectáculos e eventos de média e grande dimensão. Mário Dorminsky confessou mesmo, num encontro com jornalistas, que alguns concertos e eventos têm que ser recusados por falta de espaço, sobretudo fora do período de Verão.

Dorminsky acredita que esta carência poderá ser resolvida com a criação de um espaço multi-usos, que, no entanto, só deverá estar pronto no próximo mandato. “[Actualmente] Estamos muito limitados, nomeadamente de Outubro a Março”, meses em que se torna mais difícil fazer eventos ao ar livre, disse, lembrando que o concelho tem várias salas para cerca de 300 pessoas (valor insuficiente para muitas actividades) e que o pavilhão desportivo municipal não tem as condições acústicas necessárias para concertos de rock, por exemplo.

Concertos no Cais de Gaia

Este Verão a actividade cultural do concelho concentra-se sobretudo no Cais de Gaia, “o grande palco” da cidade. Roger Hodgson, vocalista dos Supertramp, banda britânica de sucesso dos anos 70, actua naquele espaço junto ao rio Douro no dia 15 de Julho, num concerto integrado num ciclo de entrada livre, “Reviver os 70’s”, no qual participam também os ingleses Ten Years After, no dia 11 do mesmo mês, e o português André Indiana, dia 12.

Duas semanas depois, o Cais de Gaia recebe uma nova edição do festival “Rock às Sextas”, agora com espaço também para o hip-hop (dos Mind da Gap, a 24 de Julho). Dapunksportif, a 25, Micro Audio Waves, a 26, e Mundo Cão, a 2 de Agosto, são outros nomes do cartaz, com um total de 12 grupos portugueses.

Exposições na Serra do Pilar

Mário Dorminsky destacou o ritmo de exposições no concelho, “quase uma por mês”, em seis pólos diferentes. Em Julho destaca-se a continuidade das peças do escultor Rui Chafes na Casa-Museu Teixeira Lopes e a abertura de exposições no Mosteiro da Serra do Pilar (uma sobre a vida do mosteiro e a reposição de uma mostra sobre a obra do arquitecto Francisco de Oliveira Ferreira – ambas inauguram a 10 de Julho), um local que será mais aproveitado pela autarquia em termos culturais.