Para o presidente da Junta Metropolitana do Porto (JMP), Rui Rio, a gestão do aeroporto Francisco Sá Carneiro tem de passar por um “caminho em conjunto”. Após uma reunião da JMP com a Associação Comercial do Porto (ACP) e com a Associação Empresarial de Portugal (AEP), Rui Rio explicou que as três entidades chegaram a acordo e vão trabalhar conjuntamente no que toca à gestão do equipamento. Na reunião participaram também responsáveis da Sonae e da Soares da Costa.

Rui Rio aceita assim o desafio lançado pelo primeiro-ministro José Sócrates para uma gestão do aeroporto Francisco Sá Carneiro, tendo sido encomendado um estudo que mostra a importância do aeroporto para a Área Metropolitana do Porto (AMP) e para a região. “O estudo, e agora em conjunto com um estudo de um consórcio privado, demonstra que é decisivo que haja autonomia na gestão do aeroporto Francisco Sá Carneiro”, afirmou.

Para o presidente da JMP é essencial que o aeroporto “não seja integrado num monopólio privado, que é aquilo que irá acontecer no caso de a ANA ser privatizada para fazer o novo aeroporto de Lisboa e depois levar consigo o aeroporto de Faro e o aeroporto Sá Carneiro”.

Proposta da Sonae e Soares da Costa “demonstra coragem para investimento fundamental”

A proposta da Sonae/Soares da Costa “apoia um objectivo”, nas palavras de Rui Rio, o que lhe confere uma preferência, já que “dá o conforto à AMP de haver quem seja capaz de responder aos objectivos propostos”. “A JMP não tem que apoiar uma proposta, tem que apoiar um objectivo político. A Sonae e a Soares da Costa são de uma enorme unanimidade em relação aos objectivos e à região Norte, já que são dois grupos empresariais fortíssimos, que demonstram ter a coragem necessária para fazer um investimento que é considerado fundamental para a região Norte”.

Rui Rio anunciou que o próximo passo é entregar uma carta ao primeiro-ministro a assumir o interesse em fazer parte do debate sobre a concessão do aeroporto Francisco Sá Carneiro, “até porque há um consórcio privado, neste caso a Sonae e a Soares da Costa, que têm interesse e capacidade para investir neste negócio”.

O presidente da JMP espera que no máximo em duas semanas a carta seja entregue, altura em que irá realizar uma conferência de imprensa conjunta com a Sonae e a Soares da Costa para comunicar os principais fundamentos da mesma.