Porque a união faz a força, a Universidade de Lisboa, a Universidade Técnica e a Universidade Nova firmaram, esta segunda-feira, um memorando de entendimento no sentido de dotar as instituições de maior massa crítica e potenciar a excelência.

Reforçar as colaborações que as três universidades públicas de Lisboa já mantêm e a capacidade das instituições competirem no espaço europeu internacional são objectivos desta união, que segue o que se tem passado um pouco por todo o mundo – são várias as universidades que se unem para “um melhor aproveitamento de recursos”, nota o memorando de entendimento.

Massa crítica

“Esta colaboração vem também de acordo com a realidade que se passa na Europa. Para sermos competitivos precisamos de massa crítica”, afirma ao JPN Fernando Ramôa Ribeiro, reitor da Universidade Técnica de Lisboa (UTL).

Participar em programas da União Europeia passa a ser mais fácil com esta colaboração entre as universidades. “Se há um concurso da União Europeia que pede 50 doutores, através desta colaboração entre as três universidades é possível reunir esse número e competir”, esclarece.

Ramôa Ribeira destaca ainda a ambição de organizar “programas conjuntos de doutoramento e a participação conjunta num centro de investigação e projectos europeus no âmbito da ciência”. “Será feita também uma valorização de dinâmicas de internacionalização de universidades, bem como programas conjuntos de acção social, residências universitárias de ligação à cidade de Lisboa”, entre outros, explica o reitor.

O memorando de entendimento não visa a fusão das universidades, mas sim a colaboração e a possibilidade de mobilidade. “Não é definitivamente uma fusão. É sim um coordenar de esforços para que possa haver a possibilidade de concorrer no espaço europeu”, diz.