As universidades do Norte devem apostar mais na interacção e na troca de ideias, para que possam contribuir de forma mais significativa para a evolução da região, dizem os responsáveis pelo estudo “Desenvolvimento de um cluster de indústrias criativas na região Norte” (em PDF), apresentado esta quarta-feira na Fundação de Serralves.

Por entre as diversas propostas que os autores do documento apresentaram, encontra-se a “troca de talentos universitários”, que tem como objectivo a “troca de criatividade e conhecimento para a realização de iniciativas de colaboração, investigação prática e a geração de spin-offs“. Segundo um dos autores, Carlos Martins, “há projectos fantásticos no mundo universitário, mas poucas vezes se conhecem entre si”.

A complementar esta ideia esteve Tom Fleming, responsável por uma das empresas do consórcio que desenvolveu o estudo. Segundo Fleming, é essencial aprofundar a ligação das universidades ao mercado de trabalho, reduzindo o choque que os recém-licenciados sofrem quando acabam o curso. “Há que partir as paredes das universidades”, afirmou.

“É necessário gerar mais encontros entre as artes e a economia e gestão”

Outra das conclusões (e recomendações) do estudo é a de que as instituições de ensino superior devem apostar no alargamento da “oferta de formação académica nas áreas do empreendedorismo e gestão”, de modo a que estudantes de matérias tradicionalmente distantes da economia, como Belas Artes por exemplo, possam tornar-se mais competitivos.

“É necessário gerar mais encontros entre as artes e a economia e a gestão”, disse Carlos Martins que deu o exemplo de um crescente número de jovens ligados às artes que trabalham acompanhados por colegas de áreas económicas.