Especialistas dizem que tem de haver um estabelecimento de prioridades sobre que serviços devem ser protegidos em primeiro lugar.
A guerra virtual tem sido, crescentemente, uma preocupação a nível da defesa dos países. Os EUA, desde 2006, efectuam o exercício “Cyber Storm“, como forma de testar o nível de preparação contra um ataque virtual. A Índia e a China também têm sido vistas como estando a reforçar a aposta nestas áreas. E a Rússia foi acusada em 2007 de ter levado a cabo o ataque contra a Estónia, bem como o assalto a vários sites georgianos nas últimas semanas.
Segundo o especialista sueco Patrik Fältström, não há nada que não possa ser atingido numa situação deste género. “Tudo pode ser um alvo e os alvos com má protecção seguramente podem cair durante um ataque”, refere, em entrevista por e-mail ao JPN.
Fältström, que aconselhou em várias ocasiões o governo sueco em matérias de segurança virtual, defende que um Estado deve priorizar os serviços que pretende proteger. “Uma pessoa não pode dizer que é tudo importante. As prioridades devem ser estabelecidas antes de um ataque e só quando essas prioridades existem é que as pessoas podem trabalhar de uma forma coordenada”.
Uma vez estabelecidas as prioridades, devem proteger-se os serviços em causa. “A protecção deve estar já instalada quando o ataque começa. Muitas pessoas pensam que isto é um excesso de investimento, mas não é”, considera.
Por outro lado, André DiMino, da fundação Shadowserver (um observatório de especialistas em segurança na Internet), refere que o essencial encontra-se na informação e na educação que é transmitida aos cidadãos. “Aqui nos EUA, o roubo de identidade e de informação é uma ameaça-chave. Educar os cidadãos sobre como melhor protegerem a sua informação tornou-se fundamental”.