O furacão Gustav atingiu, esta segunda-feira de manhã, a costa dos Estados Unidos, com uma intensidade reduzida quando comparada à dos últimos dias e inferior ao previsto pelos meteorologistas. O furacão de categoria 2 alcançou o estado do Luisiana perto da cidade de Nova Orleães, de onde cerca de dois milhões de pessoas terão saído nos últimos dias, depois das várias ordens de evacuação dadas pelas autoridades locais e estatais.

Segundo o Centro Nacional de Furacões, localizado no estado da Flórida, quando eram cerca de 10h em Nova Orleães (15h em Lisboa), os ventos causados pelo Gustav chegavam a um máximo de 180 quilómetros por hora. De acordo com a mesma fonte, o furacão está a deslocar-se para Noroeste, ou seja, para o interior do território norte-americano.

Apesar do forte impacto da tempestade, as autoridades no terreno contam que os diques aguentem a pressão das águas, depois dos reforços a que foram sujeitos após a passagem do furacão Katrina em 2005, que causou mais de 1.800 mortos. “A divisão de engenheiros do Exército diz-me que, apesar dos diques estarem mais fortes do que nunca, as pessoas da costa do Golfo, especialmente em Nova Orleães, precisam de compreender que numa tempestade deste tamanho, há um sério risco de grandes inundações”, afirmou, no domingo, o presidente norte-americano George W. Bush.

O furacão Gustav fez, até esta segunda-feira, mais de 80 vítimas mortais, durante a sua passagem pelas Caraíbas, particularmente no Haiti e na Jamaica.