A época é de crise e os americanos desesperam por uma mudança. Será que o voto de confiança vai continuar no lado republicano ou reverter para o democrata? A 41 dias das eleições nos Estados Unidos, os candidatos preparam-se para o primeiro de três debates presidenciais, um frente a frente decisivo que poderá nomear o vencedor.
É a primeira vez, na história das presidenciais americanas, que concorrem dois senadores activos: Barack Obama, do Illinois, e John McCain, do Arizona. Dia 26, sexta-feira, Obama e McCain vão-se confrontar num debate presidencial de 90 minutos, na Universidade do Mississipi, e que terá como tema a política externa e segurança nacional.
No entanto, o tema considerado mais relevante na corrida para a Casa Branca é o que abala o país: a crise económica em curso. McCain, conhecido como um inconformista dentro do seu partido, diz que vai continuar com o plano de cortes fiscais aprovado por George W. Bush e quer dar prioridade a uma aliança com a Rússia. Obama defende uma reforma no plano da saúde, reduzir os impostos para a maioria da classe média e aumentá-los para quem ganha mais do que 250 mil dólares por ano.
Os candidatos estão empatados, segundo as sondagens CNN/Time e Hotline/Diageo. Uma pesquisa da Gallup diz que McCain está na frente com uma vantagem de quatro pontos percentuais. Uma outra pesquisa realizada pela Universidade Quinnipiac para o “The Wall Street Journal” diz que Obama é o favorito em quatro Estados considerados cruciais na corrida à presidência – Colorado, Wisconsin, Michigan e Minnesota.
Contudo, as análises recentes sugerem que o Partido Democrata volta a subir em detrimento do entusiasmo inicial pelo lado republicano quando Sarah Palin, governadora do Alaska, foi anunciada para o lugar de vice-presidente. A candidata tem vindo a perder popularidade pelo que os críticos consideram ser a sua falta de experiência quando a avançada idade de McCain (72 anos) suscita a necessidade de um “número dois” experiente. A par da nomeação feminina, o director de pesquisas da CNN, Keating Holland, diz que as mulheres mantêm o apoio a Obama, com 52% das intenções de voto.
As eleições para o 44º presidente dos Estados Unidos da América decorrem a 4 de Novembro.
