Democrata e fã de carros

O actor era assumidamente democrata e chegou a apoiar candidatos do partido, facto que o fez constar na lista de inimigos do ex-presidente republicano Richard Nixon, algo que Newman considerou como uma “grande honra”. Apaixonado pelo automobilismo, participou em várias provas sem se deixar abater pela idade.

Hollywood perde mais um galã: o actor Paul Newman faleceu sexta-feira na sua casa em Connecticut, Estados Unidos, aos 83 anos, vítima de cancro no pulmão.

O cancro foi diagnosticado no passado mês de Maio, mas há cerca de um mês o actor quis suspender o tratamento de quimioterapia para que pudesse ficar junto da sua família, na sua casa em Connecticut.

Dean, Brando, Newman

Paul Leonard Newman nasceu em Cleveland, Ohio, em 1925. Frequentou aulas de teatro na Yale Drama School e rumou mais tarde para Nova Iorque, onde prosseguiu formação na mesma área.

Depois de se ter estreado na Broadway (com “Picnic” em 1953), a Warner Brothers recruta o actor que viria a ser equiparado com os outros dois “galãs” da época: James Dean e Marlon Brando. Porém, foi no papel do pugilista Rocky Graziano que Newman conquistou o seu lugar perante a crítica, no filme “Marcado pelo ódio” (1956). Além da representação, escreveu e realizou diversos filmes.

Cerca de 60 filmes contaram com a sua participação, bem como algumas séries. Venceu três Óscares: um por melhor actor em “A cor do dinheiro” (1986) e outros dois honorários. Entre as suas longa-metragens estão “Gata em Telhado de Zinco Quente”(1958), no qual contracena com Elizabeth Taylor e recebeu uma nomeação para o Óscar, “Raquel, Raquel” (1968), com a sua segunda esposa, Joanne Woodward, “Vidas Simples” (1994) e o seu último no cinema, “Caminho para a perdição”, em 2002. Em 2006 emprestou a voz a um personagem do filme animado “Cars”.