O Prémio Nobel da Física de 2008 distinguiu três investigadores, responsáveis por vários estudos relacionados com a ruptura da simetria na fisica subatómica.

A distinção foi dada a Yoichiro Nambu (nascido no Japão, mas com cidadania norte-americana) pela descoberta do mecanismo de quebra espontânea da simetria na área da Física subatómica.

Os japoneses Makoto Kobayashi e Toshihide Maskawa foram distinguidos por descobrirem que essa quebra exige a existência de menos três famílias de “quarks” na natureza. Na formação do universo, a matéria existia sobre uma espécie de mancha densa e quenta denominada “plasma de quarks–glúons”. Ao arrefecerem, os “quarks” juntaram-se, formando os protões e neutrões.

Segundo o Comité Nobel, “estas ocorrências espontâneas parecem ter existido na Natureza desde o princípio do Universo e essa teoria foi uma completa surpresa quando apareceu pela primeira vez em experiências com partículas, em 1964. Só recentemente é que os cientistas puderam confirmar completamente as explicações que Kobayashi e Maskawa deram em 1972. É por esse trabalho que eles agora são distinguidos com o Nobel da Física.”

A teoria desenvolvida por Nambu, e mais tarde completada por Kobayashi e Maskawa, insere-se no chamado “modelo standard”, que pretende descrever qual é a origem do Big Bang, que terá acontecido há 14 mil milhões de anos.

Yoichiro Nambu tem direito a metade dos 1,02 milhões de euros, enquanto Kobayashi e Maskawa vão dividir entre si a outra metade.

A entrega dos prémios é feita no dia 10 de Dezembro em Estocolmo, como todos os anos.