O Prémio Nobel da Paz 2008 é Martti Ahtisaari, ex-presidente da Finlândia, cujos esforços para resolver conflitos internacional “contribuiram para um mundo mais pacífico e para a ‘fraternidade entre nações’, no espírito de Alfred Nobel”.

Em comunicado divulgado sexta-feira, o Comité Nobel diz que Ahtisaari – “um mediador internacional extraordinário” – lutou nos últimos 20 anos “pela paz e pela reconciliação”. Tanto como funcionário público na Finlândia, como presidente desse país, ou como uma figura muito ligada às Nações Unidas.

O Comité destaca o papel importante que teve no estabelecimento da independência na Namíbia, em 1989-90. Numa reacção à nomeação, na rádio-televisão norueguesa NRK, Ahtisaari destacou esta como a sua “obra mais importante, porque demorou muito tempo”.

Lembra também que, em 2005, Ahtisaari e a organização que criou, a Crisis Management Initiative (CMI), “foram centrais para a solução da questão de Aceh na Indonésia”.

Em 2005, foi escolhido como enviado especial do secretário-geral da ONU para o processo do futuro estatuto do Kosovo.

Já este ano, através da CMI, procurou encontrar uma solução pacífica para os problemas no Iraque, destaca o Comité Nobel.

“Com o prémio deste ano, o Nobel voltou às suas raízes de paz e segurança. Não havia melhor escolha possível”, comentou, em comunicado, o presidente do International Crisis Group (organização na qual Ahtisaari foi presidente do conselho de administração entre 2000 e 2004), Gareth Evans.