O Banco Alimentar do Porto distribui, actualmente, alimentos a cerca de 461 instituições particulares de solidariedade social do distrito. O número tende a aumentar, diz o director do Banco Alimentar do Porto, Vasco António.

Existem mais de 100 instituições em lista de espera. “Todos os dias aparecem pessoas isoladas ou instituições a pedir ajuda”, conta.

“A sensação que temos, com a quantidade de pedidos que recebemos, que é enorme, é que isto é um flagelo [mundial]”, afirma.

A crise faz-se sentir também na redução do número de empresas que normalmente abastecem o Banco Alimentar (como vendem menos, restringem a sua produção). “Há menos fornecedores e mais clientes”, sintetiza.

“Ou há uma política concertada a nível mundial que olhe para estes casos, ou o futuro é muito negro”, prevê. O Estado tem a “obrigação de acordar”, defende Vasco António, para quem é também necessária a ajuda da sociedade.