Corria o ano de 1996, quando José Cruz Pinto, um antigo piloto de aviões, tomou uma decisão ao ler um artigo sobre a Habitat for Humanity. Reuniu um grupo de amigos e, juntos, fundaram a Associação Humanitária Habitat (AHH). Já se encontravam a ajudar uma família vizinha, quando o dinheiro começou a faltar para a conclusão do projecto. Decidiram procurar ajuda e a Habitat for Humanity (HFH) pareceu ser a melhor alternativa. Desde aí, não pararam.

A AHH foi legalizada em Maio de 1996 e tornou-se uma filial oficial da HFH International em Outubro do mesmo ano. Na associação trabalham quatro pessoas, sendo que os restantes membros da organização são voluntários.

O grupo português constrói, actualmente, na zona de Braga, Barcelos e Póvoa de Lanhoso, mas pretende alargar o seu âmbito a outros locais do país, refere Filipa Braga Hilário, da associação. José Cruz Pinto avança que, já no próximo ano, estão a ser planeados projectos para a zona de Lisboa.

O grande objectivo da associação é o de ter capacidade para construir e reparar 50 casas por ano, mas as ajudas a nível nacional não são significativas. O Governo não oferece qualquer tipo de subsídio e o apoio das autarquias restringe-se, geralmente, à atribuição de licenças e à isenção de taxas. É do estrangeiro que chega a maioria dos donativos e, também, dos voluntários.