Jornalistas de cinco dos oito países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) estão reunidos na Cidade da Praia, em Cabo Verde, para tentar analisar a possibilidade de criação de um órgão que represente todos os profissionais que escrevem em português.

Este terceiro encontro, que termina esta sexta-feira, tem como objectivo a continuidade do trabalho das duas outras reuniões já realizadas no ano passado em Angola e no Brasil.

Portugal ausente. Brasil hesita

Portugal, Guiné e Timor-Leste são os países ausentes. No entanto, e como refere Alfredo Maia, do Sindicato de Jornalistas (SJ) portugueses, “estamos a contribuir com reflexões para os estatutos”, manifestando “concordância total” com a criação da entidade. Aliás, Alfredo Maia refere que esta ideia “já tem alguns anos” e reforçou o “apelo a todas as organizações”, apelo esse já feito em 2003.

Mas o apelo do SJ não encontrou eco no Brasil. Em declarações ao JPN, o director da Federação Nacional dos Jornalistas (FNJ), José Carlos Torves, revelou que a Federação ainda não assumiu qualquer posição acerca do assunto. Representada no encontro por Bete Costa, a Federação diz não ter posição assumida porque ainda está a “estudar a situação”.

A posição brasileira não foi confirmada pela Presidente da Associação de Jornalistas de Cabo Verde (AJOC), promotora do encontro. Hulda Moreira achou estranha a declaração do director da FNJ, pois diz que “pela primeira vez, os sindicatos estão todos juntos neste processo” e acha que a ideia será finalmente aprovada porque “faz todo o sentido”.