A Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N) alerta para a possibilidade de perda de negócios ou de paragem de produção, se os créditos continuarem a ser rejeitados às empresas, principalmente às pequenas e médias e empresas (PME).

De acordo com a Associação Nacional das PME’s (ANPMES), nem 5% das empresas têm acesso às linhas “PME Investe”, criadas para facilitar o acesso ao crédito às micro-empresas. “Os requisitos a nível de acesso e autonomia financeira fazem com que a maior parte das empresas não se enquadre”, diz Paula Espanhol, da ANPMES.

Para contornar esta situação, a associação está a desenvolver parcerias, recorrendo a protocolos com a banca, sem qualquer apoio do Governo. “Estamos a ter sucesso. Não em todas as situações como é óbvio, mas em algumas”, confirma Paula Espanhol.

Apesar de ser uma associação de âmbito nacional, o maior número de pedidos de crédito é da zona Norte. “Sendo este um problema de forte incidência no Norte, com traços de dramatismo, o acesso a estas garantias é uma condição de sobrevivência de todo o aparelho explorador nacional”, afirma, em comunicado, o presidente da CCDR-N, Carlos Lage.

Em causa, estão os sectores Têxtil, do Vestuário e do Calçado da Região do Norte.