O comissário europeu do Emprego e Assuntos Sociais afirmou esta quarta-feira, que o Parlament oEuropeu não tem competências para impedir o possível encerramento da Qimonda. Em Estrasburgo, Vladimir Spidla argumentou que a Comissão “não pode interferir” em tal decisão.

Miguel Moreira, do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Eléctricas do Porto, já reagiu às declarações do comissário. Ao JPN, Moreira lamenta que “a celeridade com que a União Europeia acode ao sistema bancário não seja a mesma em relação às empresas”.

Para Miguel Moreira, a solução para a “indiferença” do Parlamento Europeu face à situação da Qimonda passa por uma mudança de política a nível europeu.

As conclusões do debate também não deixaram satisfeitos os eurodeputados portugueses, que contestaram as afirmações do comissário europeu. A iniciativa de levar a Qimonda à discussão partiu, aliás, dos eurodeputados do PCP.

O processo de insolvência da Qimonda começou em Janeiro e caso a empresa feche, estão em risco os mil e setecentos trabalhadores da unidade de Vila do Conde. Caso a Qimonda não encontro soluções para o processo de insolvência, a empresa pode deixar no desemprego milhares de trabalhadores em todo o mundo.