A Qimonda AG já admitiu não haver solução até ao final de Março, o que irá forçar a produção da fábrica de Dresden a uma redução gradual. Face a este cenário, a Qimonda Portugal pondera recorrer ao lay-off de 800 trabalhadores (metade da sua força laboral) já em Abril, quando a produção na Alemanha for completamente suspensa.

Neste cenário (de lay-off), a Segurança Social terá de comparticipar os salários dos trabalhadores portugueses. Desde Janeiro, quando a Qimonda AG se declarou insolvente, que a produção na fábrica portuguesa caiu, pelo menos, para metade.

Não deixa, no entanto, de haver vontade de encontrar novos investidores. Sempre houve notícias de interessados, mas nunca chegou a haver uma proposta concreta no sentido de salvar a multinacional alemã. Na manhã de segunda-feira, a empresa Inspur, fabricante de software chinesa, mostrou-se interessada numa participação de 50% na Qimonda, mas pouco depois era tornado público que não se chegou a acordo.

O ministro da Economia da Saxónia, Thomas Jurk, reagiu ao interesse da Inspur ao considerar provável uma participação estatal no capital da Qimonda, desde que acompanhada de um investidor privado, que seria a empresa chinesa.

Já depois do falhanço chinês, surgiu a notícia de um grupo espanhol interessado em comprar a fábrica de Vila de Conde, facto confirmado à agência Lusa pelo autarca Mário Almeida. Os representantes espanhóis já se terão deslocado a Portugal para reunir com a administração da Qimonda Portugal e também com o Ministério da Economia português. Espera-se que, até ao fim da semana, o grupo espanhol torne público o seu interesse.

A Qimonda emprega 12 mil trabalhadores a nível mundial, sendo a fábrica portuguesa de Vila de Conde a unidade de produção mais importante fora da Alemanha.