Mais de 14 mil pessoas passaram pelo Pavilhão Rosa Mota durante os quatro dias da 7ª Mostra de Ciência, Ensino e Inovação da Universidade do Porto, que terminou, este domingo, no Pavilhão Rosa Mota. “A adesão foi muito grande. Foi a maior mostra dos últimos sete anos em termos de visitantes”, afirma Paulo Gusmão, organizador do evento.
Mostra em blogue e no Twitter do JPN
Como já aconteceu em anos anteriores, para além da cobertura jornalística tradicional, o JPN dedicou um blogue à Mostra da Universidade do Porto. Durante os quatro dias do evento, uma equipa do JPN esteve em permanência no Pavilhão Rosa Mota a produzir textos, sons e vídeos sobre o evento. Todas as novidades da mostra puderam também ser seguidas, em 140 caracteres, através do Twitter do JPN.
A organização já contava com a visita de 5000 estudantes do Ensino Básico e Secundário e, por isso, o sucesso “já era esperado”. “Preocupámo-nos sobretudo com questões de segurança ao saber que poderiam estar vários grupos ao mesmo tempo no recinto”, adianta o organizador.
Enquanto os primeiros dois dias foram visitados essencialmente por estudantes do ensino básico e secundário, o fim-de-semana foi dedicado às famílias que acompanharam os jovens numa maratona de actividades preparada pelas faculdades da UP. Muitos foram aqueles que saíram mais esclarecidos, como foi o caso de Nicole Neves. “Fiquei a ter uma noção das coisas e já defini mais ou menos para o que quero ir. Ciências do meio aquático foi a área que mais me interessou”, afirma a estudante.
Apesar de dar algumas certezas, para alguns alunos a Mostra não tirou todas as dúvidas.
João Rocha é aluno do 9º ano e veio com o pai à Mostra. “Vim só ver. Não estive à procura de nada”, confessa o jovem.
A iniciativa mobilizou também muitos pais para o Rosa Mota. Carlos Rocha admite que está mais entusiasmado do que o filho. “Vim por curiosidade, para ajudá-lo e para tentar mostrar-lhe eventuais saídas como a Faculdade. Se é que quer ou não porque ainda não sabe se vai seguir alguma coisa. Viemos tentar descortinar alternativas e oportunidades”, diz o pai ao JPN.
Faculdades satisfeitas
De quinta-feira a domingo, os visitantes da Mostra puderam conhecer na UP através de dezenas de actividades preparadas peças diferentes unidades orgânicas da universidade. “Foi um grande envolvimento das faculdades segundo dois pontos de vista: a participação dos estudantes e a elaboração de actividades mais apelativas”, elogia Paulo Gusmão.
Um dos stands mais visitados foi o de Medicina Veterinária do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS). Ali, os estudantes puderam “tornar-se” veterinários por alguns minutos, ao mesmo tempo que avaliavam o grau de gestação do feto de uma vaca através de um simulador.
De acordo com Sérgio Gomes, estudante de Veterinária, a adesão à banca “foi óptima, foi um sucesso mesmo. Com um stand mais interactivo as pessoas vêm. Depois há outros que podem ser muito interessantes, mas como não atraem as pessoas não vão”, afirma.
A componente artística da Mostra
A organização do espaço da Mostra ficou a cargo de Rui Mendonça , professor da Faculdade de Belas-Artes (FBAUP). “A sensação que eu tenho é que o que marca a diferença são as pessoas e a Mostra só é possível com um envolvimento generoso das pessoas”, confessa.
Rui Mendonça selecciona as actividades mais atractivas e dispõe de forma harmoniosa as bancas no recinto do pavilhão. “Cada vez mais sente-se que as pessoas vêm para viver experiências e não tanto para receber informações”, declara o Professor da FBAUP, para quem a 7ª mostra da UP foi a mais visitada de sempre, mas também “a mais conseguida”.