Rui Sá, vereador da CDU na Câmara do Porto, aproveitou a visita desta segunda-feira à instituição de solidariedade social “Coração da Cidade”, para apresentar um pacote de doze medidas para combater as dificudlades financeiras vividas no concelho do Porto.

Baixar o Imposto Municipal de Imóveis (IMI) a senhorios que não aumentem a renda é uma das medidas propostas pela CDU à autarquia portuense, assim como a flexibilização dos critérios de atribuição de casas municipais e a oferta de descontos no acesso a serviços e equipamentos camarários para reformados, pensionistas e famílias com baixos rendimentos.

Ao JPN, Rui Sá revelou que já propôs ao PS e à maioria PSD-CDS a formação de um grupo de trabalho para discutir medidas para minimizar a crise e que o actual pacote vem no seguimento dessa proposta. Acabado de sair de uma reunião camarária em que o assunto foi abordado, Rui Sá falou na “disponibilidade” de Fernando Assis e Rui Rio e reiterou que Abril é a meta a atingir.

“Temos que trabalhar bem até ao final de Abril por duas razões: pela própria crise e pelo aproximar de eleições”, defendeu o vereador comunista. Na opinião de Rui Sá, todas as medidas são igualmente importantes, mas as mais urgentes são o congelamento da renda técnica que permitiria uma “poupança imediata às pessoas” e a redefinição do cálculo das rendas a pagar de modo a que os subsídios não sejam incluídos para não “inflacionarem o valor a pagar” pelos inquilinos.

O vereador comunista pretende que o plano seja aprovado em reunião camarária de modp a confirmar a sua aplicação já no mês de Abril. A importância do plano, defende Rui Sá, prende-se com a “vulnerabilidade do Porto à crise”, como atesta o número de desempregados, o valor mensal das pensões e o número de residentes em habitações sociais.