Segundo a Associação Portuguesa das Energias Renováveis (APREN), 13% da energia consumida em Portugal no primeiro trimestre de 2009 foi eólica. Estes números fazem de Portugal o segundo país do mundo com melhor aproveitamento daquele tipo de energia, a cerca de cinco pontos percentuais da líder mundial, a Dinamarca.
O presidente da APREN acredita que esta fatia “poderá aumentar para 20 ou 22%”. Ao JPN, António Sá da Costa perspectiva ainda que o total de “consumo das energias renováveis possa atingir os 64%” em 2020, bem acima dos 60% previstos pelo Ministro da Economia e Inovação, Manuel Pinho.
Este é um dado positivo tendo em conta o compromisso estabelecido con o governo no sentido de “fazer a produção de electricidade com base em energias renováveis passar do objectivo inicial de 39% para 45% do consumo a atingir no próximo ano”. Quanto aos prazos estipulados pela Associação Europeia de Energia Eólica, a APREN lembra que “os dados portugueses terão de ser indicados até Junho de 2010”.
Portugal com comportamento energético “positivo”
Confrontado com a previsão da European Wind Energy Association (EWEA), segundo a qual a energia eólica representará, em 2020, entre 14% a 18% do fornecimento eléctrico aos lares da União Europeia, o líder da APREN considera que Porugal está “no bom caminho, que há boa vontade dos cidadãos e dos parques eólicos”. Alerta, porém, para as incertezas que esta área pode representar e que “os dados não podem ser isolados, já que a produção de energia poderá não ser compatível caso o consumo aumente”.
Já a Quercus refere que as energias renováveis são o forte de Portugal no que compete ao Protocolo de Quioto. Os dados da Direcção-Geral de Energia e Geologia mostram que as energias renováveis em 2008 representavam mais de 38% do pacote energético, focando o aumento de produção da energia eólica de 42% desde 2007.
Por tudo isso, António Sá da Costa considera “positivo” o comportamento do sector energético nacional, não deixando de realçar a colaboração da EDP e da REN.