A Associação Nacional de Treinadores de Futebol (ANTF) quer evitar que os treinadores sejam pagos através de recibos verdes, solução que aquele organismo teme que venha a generalizar-se no actual panorama de crise vivido pelos clubes nacionais. A proposta surge no âmbito das negociações do novo contrato colectivo de trabalho que está a ser negociado entre a ANTF e a Liga Portuguesa de Futebol (LPF).

“Normalmente, e de acordo com o contrato colectivo de trabalho, nos treinadores não se utilizam recibos verdes porque se fazem contratos de trabalho individuais. Claro que têm um um tempo definido”, defende José Pereira, presidente da Associação Nacional de Treinadores de Futebol.

A negociação com a Liga ainda não terminou, mas José Pereira está optimista. “É uma negociação entre duas entidades e claro que qualquer uma delas quer fazer prevalecer as suas ideias, os seus princípios e dentro disto há sempre arestas a limar que necessariamente mais dia menos dia serão ultrapassadas por ambas as partes. É essa a nossa convicção e o nosso desejo”, reconhece o dirigente.

Descontente com o actual contrato de trabalho, a Associação Nacional de Treinadores de Futebol – cuja Assembleia Geral reuniu no Porto, na passada segunda-feira – pretende introduzir algumas melhorias. “Nós temos um contrato bem elaborado aceite pela liga e pela associação nacional de treinadores de futebol. Os contratos têm que ser vistos de acordo com a sua vigência e por isso, o seu desenvolvimento é uma obrigatoriedade das entidades patronais”, justifica José Pereira.

Caso não consiga cumprir todos os objectivos até ao fim do mandato, o líder da ANTF revelou em assembleia geral a possibilidade de se recandidatar em 2010.