Em tempos de crise, todas as poupanças são bem-vindas. Para os estudantes que fizeram do Porto o seu segundo lar, um dos momentos de maior atenção é, obrigatoriamente, a hora de ir ao supermercado.

Cada vez mais os alunos da Universidade do Porto (UP) aproveitam para comprar produtos de marca branca, de forma a diminuir as despesas. A qualidade é a mesma e, dizem, no final do mês, a diferença é notória.

Carina Pera vive no Porto e confirma que a maioria das coisas que compra são de marca branca, principalmente no que toca a produtos alimentares. A estudante da UP garante que compensa olhar mais para os preços do que para as etiquetas, até porque acredita que “alguns produtos de linha branca são as próprias marcas que produzem, só não metem o nome lá no rótulo”.

É o caso das “massas e iogurtes”, em que Carina não distingue os sabores entre marcas mas nota a diferença na carteira. “Nunca fiz ao certo as contas, mas sei que é grande”, diz.

O mesmo não diz Diana Ratola. Quando compra “leite e iogurtes” as marcas conhecidas levam a melhor, já que Diana tem “algumas dúvidas sobre a qualidade das marcas brancas”. Mas, para os produtos de higiene, a estudante de Aveiro prefere as linhas brancas “porque são mais baratas e a qualidade é igual”.

Quando voltam para casa, os hábitos de consumo mantêm-se. Alguns estudantes chegam mesmo a “ensinar” os pais a incluir marcas brancas nas compras do mês. A poupança mantém-se assim durante todo o ano, o que é bom em tempo de crise. “Vou continuar a comprar marcas brancas, agora mais do que nunca”, garante Carina.