Fim de linha para o FC Porto na Liga dos Campeões 2008/2009. A equipa de Jesualdo Ferreira, longe do Dragão na noite de campeões, foi incapaz de repetir a exibição de Manchester e caiu ferida pela “bomba” de Ronaldo. O 1-0 afasta os “dragões” da Champions.

O FC Porto apresentou os mesmos “heróis” de Old Trafford, sem surpresas e com a fé no respeito granjeado há uma semana. Ferguson não. Já com Ferdinand, fez alinhá-lo no eixo da defesa em substituição de Evans. Anderson, Giggs e Berbatov foram outras “surpresas” num “onze” mais próximo do habitual.

Mas estava escrito que a noite europeia tinha tom português. Aos 6 minutos, o melhor do mundo, até para Jesualdo e o FC Porto, assumiu o protagonismo para si, como em muitas outras noites, e disparou à baliza de Helton, a mais de 30 metros. O resultado: Um “golaço” monumental de Cristiano Ronaldo e o primeiro e único dos ingleses.

Meias-finais com sabor inglês

Depois da vitória no Dragão, o Manchester United vai defrontar, nas meias-finais da prova, os também ingleses do Arsenal que, esta noite, golearam em casa o Villarreal por três golos sem resposta. A outra meia-final vai opôr o Barcelona e o Chelsea. Uma coisa é certa, na final volta a estar pelo menos uma equipa inglesa. É o quinto ano consecutivo que a final da Liga dos Campeões é disputada por, pelo menos, uma equipa da terra de Sua Majestade.

A perder ainda numa fase embrionária do jogo, os portistas reorganizaram as tropas mas nunca foram capazes de atingir um nível semelhante ao exibido em Inglaterra. Bruno Alves, aos 20′, criou perigo num dos seus já habituais livres. Cinco minutos depois, foi Lisandro à meia volta mas sem problemas para Van der Sar.

Seguiram-se minutos mais tranquilos junto às balizas, mas de choque para a plateia azul e branca e para Jesualdo, no conforto forçado do seu sofá. Lucho Gonzalez lesionou-se sozinho e teve de ceder o lugar a um dos heróis de Manchester: Mariano Gonzalez.

Perigo, só muito perto do intervalo. Bruno Alves cabeceou com potência e determinação, mas sem a melhor direcção. Na resposta, Vidic falhou escandalosamente a pouco mais de um metro da baliza. O árbitro suíço Massimo Bussaca não perdoou e mandou tudo e todos para o descanso.

O cenário à entrada para os segundos 45 minutos era desfavorável para os dragões mas não impossível. Um golo, o do empate, e as “meias” ficavam na Invicta. Mas os mais de 50 mil perceberam, precocemente, que o conto de fadas prometido no norte de Inglaterra dificilmente teriam eco na noite chuvosa do Porto.

A equipa chefiada por José Gomes jogou mais perto da baliza de Van der Sar mas muito raramente o gigante holandês tremeu perante as ameaças portistas. Mas aos 78 minutos Hulk cabeceou por cima depois de Van der Sar falhar uma bola por alto.

O FC Porto cercou a área inglesa nos minutos finais e aos 84′ foi Lisandro Lopez a levar ao desespero adeptos, jogadores e responsáveis portistas. Ao cruzamento de Mariano, “Licha” respondeu com um remate milimétrico para as mãos de Van der Sar.

Mas foi assim, sem empate e sem mais ocasiões de perigo, que caiu o pano no Dragão e soou o apito final na prestação portuguesa na mais importante prova de clubes do futebol europeu. O FC Porto ameaçou em Manchester, mas “morreu” em casa, traído por um dos seus, o português Cristiano Ronaldo.