Foi a rir que começou, esta terça-feira à noite, a Semana das Terapias Complementares na Faculdade de Farmácia da Universidade do Porto (FFUP). ao todo, foram cerca de trinta os participantes que experimentaram o Yoga do Riso, um método de terapia pouco conhecido do grande público.

Os participantes começaram por ter uma sessão de esclarecimento sobre o tema dada por Maria José, professora do ensino secundário, que se iniciou nesta actividade há cerca de um ano, como forma de procurar uma “auto-cura” para se “livrar do stress”.

De acordo com a professora, os benefícios do Yoga do Riso incluem ainda a melhor oxigenação do organismo, uma vez que consiste na “combinação de exercícios respiratórios com gargalhadas”. Maria José acrescenta ainda que a actividade “potencia a boa disposição, a criatividade, a concentração e ajuda a lidar melhor com a vida e com os problemas”.

Para Maria José, na sociedade actual, as pessoas “têm uma grande dificuldade em rir”. “Quando o nosso bebé nasce, nós tiramos-lhe um sorriso e, quando já começa a sorrir por ele próprio, nós começamos logo a cortar-lhe a liberdade”, disse.

“É fácil rir quando não devemos”

A maioria dos praticantes de Yoga do Riso são homens idosos e de meia-idade. Segundo Maria José, os idosos têm uma maior facilidade em rir, pois “já têm um grande percurso de vida e todas as razões são boas para rir”. Com os jovens, a capacidade de se libertarem não é tão fácil.

Contudo, os participantes desta sessão, todos eles jovens, conseguiram descontrair-se e desfrutar dos benefícios do riso. Ana Sara não é uma estreante e, ao JPN, realçou que o riso é “uma forma de descontração”.

Logo na sua primeira sessão, a estudante de Farmácia apercebeu-se de que “às vezes não é assim tão fácil rir do nada, por isso é um bom exercício”. Ana Sara acredita que, “se toda a gente tentasse parar um bocadinho e rir da situação em que está, daquele stress”, conseguia “lidar melhor com o dia-a-dia”.

Anabela Silva e Cristina Matias, organizadoras da Semana das Terapias Complementares, também participaram na sessão. No final, o balanço era “positivo, apesar de, no início, terem tido dificuldade em desinibir-se. Ambas concordam também que “é fácil rir quando não devemos”, diz Anabela Silva.

Todos os anos, as organizadoras tentam sempre inovar e encontrar novas terapias alternativas. “Tentamos sempre inovar todos os anos e trazer também uma terapia que dê para experimentar a parte mais prática”, confirma Cristiana Matias. Esta semana conta ainda com uma sessão sobre Osteopatia e outra sobre Psicanálise.