Com o objectivo de despertar a cidade do Porto para os graves problemas que atingem o Boavista FC e tentar angariar apoios para colmatar as dificuldades financeiras do clube, o Movimento Justiça para o Boavista e a Associação de Amigos do Boavista promovem, ao fim da tarde desta sexta-feira, uma manifestação de apoio e solidariedade para com o histórico emblema do Bessa.

A denominada «Marcha Axadrezada» principia no Estádio do Bessa às 19 horas e seguirá rumo à na Avenida dos Aliados, mesmo diante da Câmara Municipal do Porto (ver caixa), na qual os promotores ponderam a possibilidade de entregar uma carta expondo os motivos da manifestação. É esperada a presença de inúmeros adeptos e de grande parte da estrutura do próprio clube, que se associa à acção de sensibilização.

“Todos os departamentos do clube, as modalidades amadoras, o futebol de formação e inclusivamente o plantel sénior de futebol vão parar e estarão presentes na manifestação assim como a própria direcção. No fundo, o universo do Boavista vai parar para sair à rua, pelo que se poderá ver a força e o ecletismo que o clube tem apesar de todas estas dificuldades”, realça Nuno Cerqueira, membro do Movimento Justiça para o Boavista,

O trajecto da «Marcha Axadrezada»

Com início marcado para as 19 horas, no Estádio do Bessa, a marcha segue rumo à Rotunda da Boavista. Num trajecto que só terminará na Avenida dos Aliados, junto ao edifício da Câmara do Porto, os adeptos vão ainda passar pelas ruas Júlio Dinis, D. Manuel II e da Restauração, prosseguindo pela Cordoaria até à descida final da Rua dos Clérigos.

Já Álvaro Braga Júnior, presidente do Boavista, esclarece que o pretexto da manifestação desta tarde “não visa ninguém em concreto e é apenas pela justiça para com o Boavista”. Para isso, o líder axadrezado espera que se “despertem algumas consciências que parecem adormecidas”, não deixando de relembrar o processo que acabou por culminar na despromoção dos «axadrezados» para a Liga de Honra.

“A marcha não é contra ninguém, mas sim pela justiça para com o Boavista e espero que, pelo menos, desperte algumas consciências que parecem adormecidas”, remata Braga Júnior, concluindo com um apelo à cidade do Porto: “Há uma instituição com 105 anos de vida, que está numa situação difícil e penso que os cidadãos portuenses, independemente de serem ou não boavisteiros, devem querer que um dos seus baluartes possa continuar a viver”.

Recorde-se que esta não é a primeira iniciativa do género por parte dos movimentos de apoio ao Boavista, sendo que nas últimas semanas foram realizadas algumas iniciativas que pretendiam alertar a cidade para a grave crise em que o clube do Bessa se encontra mergulhado.