A partir de sábado e até meados de Maio, a Universidade do Porto (UP) participa em três feiras internacionais dedicadas ao ensino em três continentes diferentes. Numa óptica de reforço da internacionalização da instituição, a UP faz-se representar neste tipo de eventos na Índia, em Moçambique e na América do Sul (ver caixa), no sentido de apostar no “recrutamento” directo de estudantes estrangeiros no âmbito de programas europeus.

UP fora de portas:

– “India International Education Fair”, de 25 a 26 de Abril, em Nova Delhi e de 29 a 30 de Abril, em Mumbaim
– Primeira Feira Internacional de Educação e Orientação Vocacional, de 4 a 8 de Maio, em Maputo
– Feiras dedicadas à pós-graduação, em Santiago do Chile, a 12 e 13 de Maio, e em Buenos Aires, na Argentina, a 15 e 16 de Maio

A ideia foi transmitida ao JPN pelo vice-reitor responsável pelas Relações Internacionais, António Marques, que confessa, ainda, ter “boas expectativas” quanto à participação nestas feiras.

“Há uma preocupação da UP em se posicionar internacionalmente para atrair estudantes de outros espaços que hoje procuram muito as grandes universidades europeias”, justifica António Marques. Apesar de, na opinião do vice-reitor, a participação da UP nestas feiras ainda não ter um “retorno directo e imediato”, a universidade “ganha sempre” ao ficar “mais conhecida”.

As feiras que têm lugar no Chile e na Argentina contam com a participação da Faculdade de Engenharia (FEUP) e do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS). O vice-reitor sublinha a “importância estratégica” do “espaço ibero-americano”, no que toca ao recrutamento de estudantes e investigadores para a universidade.

“Esses continentes e esses países precisam de qualificar muito os seus quadros superiores e técnicos no plano tecnológico, científico e educativo, daí que este seja um espaço de influência estratégica para a UP.”

Questionado acerca do facto da UP ser a única universidade portuguesa presente nas três feiras, António Marques lamenta que não haja maior representatividade de outras instituições neste tipo de eventos, mas expressa “confiança” em que o panorama se altere num futuro próximo.

“Não é frequente vermos outras universidades portuguesas representadas de uma forma sensível e apreciável. Estas não têm mostrado interesse e condições para participarem nestas feiras, mas acredito que as universidades venham, no futuro, a rectificar um pouco esse seu posicionamento, reforçando o interesse no relacionamento com estudantes estrangeiros”, conclui o vice-reitor da UP.