O Dia Mundial do Planeta é assinalado, esta quarta-feira, com um alerta para a necessidade de proteger o meio ambiente. Num momento em que se avaliam as consequências das alterações climáticas, o futuro da humanidade é cada vez mais objecto de reflexão de especialistas. Das teorias científicas às profecias da antiguidade, muitas são as visões que ditam alterações no mundo.
“O mais provável, com base nas observações que temos é que o universo se vai expandir para sempre”, explica Filipe Pires, do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto (CAUP). “E o mais curioso é que as observações parecem indicar que, em vez de, a pouco e pouco, a aceleração ser menor, é cada vez maior”, acrescenta. Filipe Pires refere que os astrónomos ainda não conseguiram descobrir a força responsável pela expansão do universo.
Prevista está também, segundo o astrónomo, a morte do Sol. “Enquanto tiver hidrogénio suficiente vai continuar a produzir energia. Quando acabar o hidrogénio, o sol vai apagar”, explica. O coordenador da unidade de divulgação do CAUP acredita que esta transformação ocorrerá dentro de cinco mil milhões de anos. No entanto, “nenhuma espécie da Terra viveu tanto tempo e, portanto, não é de esperar que a espécie humana consiga sobreviver até à fase final de vida do sol”, revela o investigador do CAUP.
O perigo de colisão de asteróides com a Terra está também na lista de preocupações dos astrónomos. “É uma possibilidade muito real”, admite Filipe Pires. “Quando colidem, além da cratera de impacto que causam naquele local, levantam muitas poeiras que vão cobrir a atmosfera, impedindo a entrada da radiação solar”, esclarece o astrónomo.
Em terrestre rumo à face oculta dos astros, o JPN procurou também conhecer a previsão de um médium sobre o futuro da humanidade. Luís Alves, conhecido como “Mestre Alves” acredita que “até 2020 podem desaparecer grandes países deste mundo”, devido à fusão dos continentes num só. O vidente não considera a possibilidade de haver um fim para a humanidade, mas prevê “grandes mudanças no clima, na alimentação e nas próprias pessoas”.
Igreja acredita na existência de “dois fins”
Renato Poças, padre na paróquia de São Pedro de Miragaia, acredita que existem “dois fins”: “o fim pessoal que é a morte e o fim de toda a criação, que é aquele que tradicionalmente se denomina por fim do mundo.” Nas palavras de Renato Poças “a Igreja Católica, baseada na revelação das escrituras, professa que surgirá, na história da humanidade, uns novos céus e uma nova terra, onde o sofrimento e tudo quanto é prejudicial ao homem terminará.”
O pároco conclui, assim, que “a posição da Igreja em relação ao fim do mundo é de mistério e confiança em Deus, ou seja, ela sabe que, pelas palavras que Jesus pregou, existirá esse momento, tudo o resto ultrapassa-a”. Relativamente às teorias científicas que abordam a possibilidade de a Humanidade ter um fim, Renato Poças refere que actualmente “há uma relação em que a ciência se pronuncia sobre aquilo que é a sua área e a Igreja se pronuncia sobre aquilo que é a sua identidade.”
Apesar das várias teorias científicas, religiosas e até esotéricas, o amanhã do Planeta Azul ainda é uma incógnita. No calendário da civilização Maia, está, porém, assinalado o ano 2012 como sendo a data em que um acontecimento transformará o mundo.