Um homem armado entrou, esta manhã, no Conservatório de Música do Porto, por volta das 10h15, ameaçando uma professora da instituição. Em causa terá estado uma classificação negativa dada pela docente à filha do agressor, como confirmaram ao JPN um aluno da Escola Secundária Rodrigues de Freitas (localizado paredes-meias com o Conservatório de Música) e uma fonte daquela estabelecimento de ensino.

A fonte do Rodrigues de Freitas, que não se quis identificar, confirmou ao JPN que se gerou “alguma confusão” após a entrada do pai armado no Conservatório, com pessoas a “tentarem fugir pelas janelas”. Momentos mais tarde, o indivíduo viria a ser detido pela Polícia de Segurança Pública.

A mesma versão dos acontecimentos foi apresentada por Tiago Mota, estudante da Escola Secundária Rodrigues de Freitas. O jovem avançou ao JPN que a informação que correu, após a detenção do suspeito, seria a de que o homem teria tentado apurar, com uma arma, os “motivos da má nota” atribuída à filha.

“Só vi a confusão”, confessa o estudante, adiantando que “pelo que nos deparámos, era um pai de uma aluna do Conservatório que entrou armado por causa de uma nota negativa que deram à filha e que vinha apurar os motivos da má nota”.

Indivíduo já foi presente a tribunal

O homem acabou por ser detido pela PSP, poucos minutos após ter iniciado os desacatos, sendo depois encaminhado para a esquadra de Cedofeita, localizada a poucos metros do Conservatório de Música do Porto. Fonte do Comando Metropolitano do Porto da PSP do Porto contactada pelo JPN confirmou que se tratou, de facto, de um “ajuste de contas”.

O pai da aluna tentou “assistir à aula, pedido que foi negado”, informou a mesma fonte, que revelou ainda que o indivíduo viria a ser detido por elementos da PSP, poucos minutos após ter ameaçado a docente com uma arma.

“Os agentes de serviço naquele local foram avisados por alguns alunos, pelo que se deslocaram ao Conservatório e interceptaram o suspeito”, confirma o Comando Metropolitano da PSP do Porto. O indivíduo já terá sido presente ao Tribunal de Pequena Instância Criminal do Porto.

O JPN tentou registar uma reacção da parte do Conselho Executivo do Conservatório de Música do Porto, mas a direcção da instituição negou-se a prestar qualquer tipo de esclarecimentos.