Rui Moreira foi reconduzido, esta quarta-feira, em Assembleia Geral Ordinária, como presidente da Associação Comercial do Porto (ACP). O empresário está à frente da associação desde 2001, tendo vindo a ser eleito anualmente desde então. Os sócios da ACP aprovaram, na mesma noite, o Relatório de Contas 2008, em que a instituição portuense apresentou o melhor resultado líquido de sempre.

Contactado pelo JPN, Rui Moreira afirmou que não se vai registar “uma grande transformação”, pois a direcção foi “praticamente reconduzida” com 14 elementos, dos 15 lugares, a permanecer nos cargos.

O presidente da ACP fala num “voto de confiança dos sócios”. Para Rui Moreira, a reeleição representa um “entendimento de que o ciclo começado em 2001 ainda não está terminado” e de que ainda “há alguma coisa a fazer”.

Coisas essas que são as causas-bandeira da ACP: o investimento público na região Norte, “olhando com particular interesse aquilo que rodeia a situação da gestão autónoma do Aeroporto Sá Carneiro”, e o estudo de futuras infra-estruturas, “como o TGV”.

A regionalização é um outro tema, em que Rui Moreira mantém as suas convicções: “Acho que a questão está armadilhada e não me parece que vá ser fácil, no quadro actual, fazer uma regionalização forte”.

A solução pode passar, “como defende Marcelo Rebelo de Sousa”, por “avançar para uma regionalização mais soft, com menos políticos à mistura, menos parlamentos regionais”, como acontece em França.

Conferências do Palácio 2009

Na próxima segunda-feira, dia 27 de Abril, a ACP recebe mais uma sessão do ciclo de Conferências do Palácio. Rui Moreira estará presente para receber o embaixador dos EUA para Portugal, Thomas Stephenson, que se desloca ao Palácio da Bolsa, sede da ACP, para falar sobre as prioridades daquela embaixada sob a nova administração americana.

“Organizamos sempre um ciclo de conferências anual”, diz Rui Moreira. “Este ano já tivemos Paulo Portas e Manuela Ferreira Leite e temos agendado para Maio o Ministro das Finanças.” As Conferências do Palácio 2009 são, no entanto, pensadas para convidar embaixadores de países relevantes, sem que o tema tenha que versar “necessariamente sobre economia”.

“Já convidámos os embaixadores de Espanha, que veio falar sobre o modelo de regionalização do seu país, e o do Reino Unido, que escolheu como tema o proteccionismo em alturas de crise”, diz Rui Moreira, resumindo o ciclo até agora.

Depois do embaixador norte-americano, o Palácio da Bolsa irá receber os embaixadores iraniano e brasileiro. “Temos conseguido bastante adesão, são coisas que trazem bastante gente e despertam muito interesse”, assegura o presidente.