O presidente da Câmara Municipal do Porto (CMP), Rui Rio disse, esta terça-feira, na reunião do executivo, que a autarquia está “disposta a esperar” que os actuais detentores dos terrenos do Parque da Cidade aceitem as condições impostas pela autarquia para a anulação do acordo feito pelo antigo presidente Nuno Cardoso.

O autarca afiança que caso algum dos interessados venha a responder e a aceitar todas as condições ditadas pelo acordo já proposto pela CMP, “a câmara avança sem problemas”.

Quando questionado pelo vereador socialista Francisco Assis sobre o fim do prazo para a assinatura do acordo – que estava, inicialmente, previsto para 20 de Fevereiro -, Rui Rio confirmou que a validade do mesmo já expirou. No entanto, diz, enquanto não forem cumpridas certas condições e limitações exigidas pelo executivo, tais como o financiamento e as garantias de licenciamento, a autarquia reserva-se ao direito de prolongar o prazo.

Desde o mandato de Nuno Cardoso que os terrenos em causa (com um área total de cerca de 170 mil metros quadrados) estão prometidos para construção a um consórcio composto pro três empresas. No entanto, Rui Rio defende, desde a sua primeira campanha eleitoral, que não deixará que nada seja construído nos terrenos do Parque da Cidade.

A solução apontada passa então pela recuperação dos terrenos. Além de dinheiro, a CMP já ofereceu outros terrenos para construção aos actuais detentores dos lotes do Parque da Cidade. No entanto, nem os terrenos nem o dinheiro parecem agradar as envolvidos, pois até agora não aceitaram nenhuma das alternativas propostas pela Câmara Municipal do Porto.

O JPN tentou falar com a CMP para esclarecer as linhas mais confusas deste caso, mas não obteve qualquer resposta.

Câmara aprova apoio à Feira do Livro

O regresso da Feira do Livro do Porto foi também discutido na reunião do executivo desta terça-feira. O subsídio anual de 75 mil euros (300 mil euros até 2012) foi aprovado por unanimidade Rui Rio explicou que “se a autarquia quer quer o evento regresse à baixa, tem de colaborar nas despesas”.

Além do apoio à Feira do Livro, a CMP garantiu ainda uma maior aposta na animação da Baixa portuense. Depois da Feira do Livro, a autarquia vai revitalizar a Avenida dos Aliados com concertos e outras actividades.

Na reunião do executivo foram também discutidos assuntos como o “regulamento interno sobre a prevenção e controlo do consumo de bebidas alcoólicas” referente aos funcionários camarários. Em discussão esteve ainda um protocolo assinado entre o IPATIMUP e a CMP que visa estabelecer parcerias público-privadas que melhorem o poder de resposta “ao projecto educativo da cidade”.