O calçado de segurança proveniente dos países do Extremo Oriente não cumpre com os critérios de segurança da directiva comunitária. A acusação é feita pela Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado (APIC) e baseia-se em “vários erros” detectados nos testes realizados pelo Centro Tecnológico de Calçado de Portugal (CTCP).

Paulo Gonçalves, porta voz da associação, confirmou ao JPN que “foram detectadas várias irregularidades no calçado importado dos países do Extremo Oriente, em particular da China, ao nível da resistência, da compressão à biqueira que podem permitir o esmagamento dos pés”.

“Trata-se de um caso muito sério, pode originar cortes graves, e em certos caso até à amputação dos membros afectados”, acrescenta o dirigente .

De forma a alertar a população para estes perigos, a APIC prepara-se para “alertar as entidades competentes, em particular a Confederação Europeia da Indústria do Calçado, de que esta situação está a ocorrer e que provavelmente é uma situação que se verifica em outros estados-membros”.

A associação pede ainda “que a Comissão Europeia aja em conformidade no sentido de proibir que calçado com estas características seja vendido livremente no mercado”, remata Paulo Gonçalves.