O Miau.pt, “maior site de leilões em Portugal” que também abrange a venda e compra de artigos em segunda mão, atingiu recentemente, segundo um comunicado lançado pela empresa, os 7 milhões de negócios.

Sob o lema “tudo se vende, tudo se compra”, o Miau.pt é um espaço onde “os membros podem colocar os seus bens e serviços em leilão, para vender ou comprar à melhor oferta, sem intermediários ou limitações”, explica Serafim Folha, do Departamento de Marketing do site. O responsável afirma que o portal tem como ponto forte “as medidas de segurança”, concretizadas através de “mecanismos que permitem algumas garantias, nomeadamente a verificação manual de todos os registos feitos, de forma a garantir a veracidade dos dados e maioridade dos utilizadores”.

Ao navegar pelo site, é possível encontrar uma variada oferta de artigos, agrupados nas 23 categorias principais. Apesar de “englobar todo o tipo de produtos”, o Miau.pt possui “uma política de cancelamento de negócios em que sejam colocados à venda produtos ilegais”, assinala Serafim Folha.

Como funciona um leilão no Miau.pt?

Em primeiro lugar, “o vendedor coloca o artigo à venda através de um formulário online”, explica Serafim Folha. É importante acrescentar a descrição do produto e fotografias, bem como definir uma base de licitação, a duração do leilão e os métodos de entrega e pagamento do produto. Depois, “o vendedor só tem de acompanhar a evolução do leilão e responder às questões que lhe sejam colocadas por potenciais interessados”. Terminado o período do leilão, “são enviadas mensagens para o vendedor e comprador, para que combinem forma de entrega do artigo”.

O preconceito com este tipo de produtos não é, de acordo com Serafim Folha, um problema no Miau.pt. O responsável diz até que há categorias de produtos usados muito activas, como a de consolas e jogos em segunda mão. O que interessa são “sempre os melhores negócios, e não são influenciados pelo facto de os produtos serem em segunda mão”, acrescenta.

Uma boa opção para encontrar “artigos que já não se produzem”

Francisco Abrunhosa, recém licenciado em Engenharia Electrotécnica, está registado no Miau.pt há quatro anos. A preferência pelo site é justificada pelo facto de procurar “artigos antigos, que já não se produzem, de modo que é impossível arranjá-los novos”. Da sua lista de compras constam “instrumentos musicais, discos, action figures e livros”. Mas, mais recentemente, tem explorado a categoria dos videojogos usados, na sua opinião, “das partes que funcionam melhor no Miau.pt”.

O jovem considera “a oferta diversificada”, sendo que os preços “estão de acordo com o que se pratica lá fora”. Pelo meio, destaca “a maior componente de diálogo com o vendedor/comprador, antes de fechar o negócio”, algo que, pela sua experiência, não acontece tanto noutros sites de leilões, como o Ebay.

Mas, apesar de adepto desta forma de fazer negócio, Francisco exclui a compra de produtos como “roupa, gadgets e aparelhagem electrónica”. E justifica: “No caso dos aparelhos electrónicos, ainda que se consigam bons preços, acabam por ser objectos que necessitam de um grande investimento, e caso haja um defeito e, na falta de garantia, pode arruinar o negócio”.

Comprar online envolve “sempre algum risco”

Sofia Florentino é a responsável pelo blogue Second Hand, uma plataforma dedicada à venda de roupa em segunda mão. O projecto, depois de idealizado, nasceu em Março deste ano e já tem “uma grande procura por parte dos clientes em obter roupa em segunda mão”.

Sobre as vantagens das compras na blogosfera, a blogger considera que essa é a forma mais fácil para garantir “os produtos cheguem a todo o país e até ao estrangeiro” e afirma haver “facilidade de comunicação” no contacto com os clientes.

Mas também há desvantagens. Sofia assume que comprar online envolve “sempre algum risco”, que é o caso de as roupas não servirem ou ficarem bem. “Através das fotografias muitas vezes não se tem a certeza de como estão as peças”, assume. Apesar de os preços serem reduzidos, a responsável também acha “desvantajoso ter que se pagar os portes”.